Apresentar os principais procedimentos projetuais na arquitetura moderna e contemporânea, suas variações e hibridismos;- Instrumentalizar a análise do projeto e do edifício a partir da compreensão dos procedimentos projetuais e das decisões que justificam a solução final;- Estimular a atividade projetual, a compreensão e a proposição da forma a partir do conhecimento e da aplicação dos principais procedimentos projetuais que identificam a produção moderna e contemporânea.
A disciplina apresenta e analisa os principais projetos dos períodos moderno e contemporâneo a partir do reconhecimento dos seus procedimentos projetuais (e das escolhas por esses procedimentos). Ocupando o vazio entre a prática projetual e a leitura histórica, a disciplina apresenta uma metodologia de leitura de obra que ultrapassa a mera descrição ao chamar atenção para as referências conceituais e os modelos formais incorporadose reelaborados pela arquitetura moderna e contemporânea. A ideia resultante da relação entre forma, programa e lugar, conhecida como partido, só é devidamente compreendida quando reconhecemos os elementos regidos pela intenção do arquiteto, que, no âmbito da forma, poderiam ser reduzidos à relação dialética entre a parte e o todo.
- A relação entre programa e forma- A relação entre a linguagem da representação e a linguagem da arquitetura- Os conceitos de espaço e de lugar no projeto arquitetônico- A parte e o todo na arquitetura moderna- A parte e o todo na arquitetura contemporânea- A expansibilidade e o limite nas artes visuais e na arquitetura moderna- Vanguardas construtivas: entre a expressão e a negação do autor- Construtivismo russo: radicalidade formal e disciplina programática- Mies Van Der Rohe I: justaposição e fragmentação- Mies Van Der Rohe II: desmontagem e transparência do volume- Neoplasticismo holandês: a autonomia do plano e o espaço extensível (Piet Mondrian, Theo Van Doesburg e Gerrit Rietveld)- Frank Lloyd Wright I: entre a volumetria compósita e a expansibilidade centrífuga - Frank Lloyd Wright II: arquitetura paisagem- Le Corbusier: “O jogo sábio dos volumes sob a luz”- Le Corbusier: monumentalidade simbólica- Alvar Aalto: o lugar e a forma irracional- Louis Khan: entre a parte e o todo- Alvaro Siza: canhestro intencional- Aldo Rossi: volumetria histórica- Arquitetura latino-americana: Luiz Barragán e Rogélio Salmona- Oscar Niemeyer: complementariedade, hierarquia formal e a noção de conjunto- Paulo Mendes da Rocha: projeto como topografia e articulação- Lina Bo Bardi: o olhar estrangeiro sobre o vernáculo brasileiro- Zaha Hadid: da matriz suprematista à continuidade formal- Frank Gehry: forma sem contorno- Herzog & De Meuron: hibridismos e regionalismo crítico- Renzo Piano, Norman Foster e Richard Rogers: do High Tech ao discurso da sustentabilidade- A impertinência do programa e o desaparecimento do projeto histórico
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