94890 - Marília de Dirceu e a poética árcade |
Período da turma: | 03/02/2020 a 06/02/2020
|
||||
|
|||||
Descrição: | Aula 1. Marília de Dirceu e o problema das edições.
As liras atribuídas a Tomás Antônio Gonzaga: edições princeps: 1792 (Primeira Parte), pela 1799 (Primeira e Segunda Partes reunidas). A obra que hoje se conhece como Marília de Dirceu. Edições apócrifas e falsas. Dirceu de Marília, um embuste editorial. A edição crítica de Rodrigues Lapa. A edição Aguilar – A poesia dos Inconfidentes. Aula 2. Um poeta árcade? Tomas Antônio Gonzaga e a tradição crítica. A fortuna crítica de Marília de Dirceu. A leitura romântico-nacionalista. a) Biografismo, b) Sentimentalismo c) Autenticidade d) Nacionalismo O mito Gonzaga. O mito Marília de Dirceu e Maria Doroteia Joaquina de Seixas. Características do Arcadismo e da obra: a leitura dos manuais Aula 3. Análise da lira I,1 (Eu, Marília, não sou algum vaqueiro) A linguagem gonzaguiana. A construção estrófica. Metro, ritmo, rima e estribilhos. A tópica gonzaguiana. O pastor e a pastora – a tradição bucólica. Constituição das figuras de Marília. Aula 4. Uma leitura retórico-poética de Marília de Dirceu. Inflexão nos estudos da poesia colonial brasileira. Contexto histórico e cultural da poesia luso-brasileira no séc. XVIII. A instituição retórica. Conceito de imitação. O papel das retóricas e poéticas. Bibliografia Edições da obra T. A. G., Marília de Dirceu. Marília de Dirceu (parte I). Lisboa: Nunesiana, 1792. T. A. G., Marília de Dirceu; (partes I e II). Lisboa: Nunesiana, 1799. T. A. G., Marília de Dirceu. Lisboa: Bulhões, 1800. T. A. G. Marília de Dirceu. Lisboa: Nunesiana, 1802. _______. Marília de Dirceu. Rio de Janeiro: Imprensa Régia, 1810. _______. Marília de Dirceu. Lisboa: Lacerdina, 1811. _______. Marília de Dirceu (partes I, II e III). Lisboa: Impressão Régia, 1812. GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Ed. Manuel Pereira da Silva. Rio de Janeiro: Laemmert, 1845. ________. Marília de Dirceu. Org. Joaquim Norberto de Souza e Silva. Paris, Rio de Janeiro: Garnier, 1862. ________. Marília de Dirceu. Org. José Veríssimo. Rio de Janeiro: Garnier, 1908. ________. Marília de Dirceu. Org. Alberto Faria. Rio de Janeiro: Anuário do Brasil, 1922. ________. Marília de Dirceu. Int. pref. e notas prof. Rodrigues Lapa. Lisboa: Ed. Sá da Costa, 1937. ________. Obras completas. Ed. Manuel Rodrigues Lapa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1942. ________. Marília de Dirceu e mais poesias. Pref. notas M. Rodrigues Lapa. 2a ed. Lisboa: Sá da Costa, 1944. ________. Obras completas de Tomás Antônio Gonzaga. Ed. crít. de M. Rodrigues Lapa. Rio de Janeiro: MEC-INL, 1957. ________. Marília de Dirceu. Int. Manuel Cavalcanti Proença. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1967. (Ed. de Ouro). Os melhores poemas de Tomaz Antônio Gonzaga. Sel. int. e notas de Alexandre Eulálio. São Paulo: Global, 1983. GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Edição do bicentenário (1792-1992). Pref. notas. Melânia Silva Aguiar. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 1992. PROENÇA FILHO, Domício. (Org.) A poesia dos inconfidentes: poesia completa de Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Alvarenga Peixoto. Artigos, ensaios e notas de Melânia Silva de Aguiar et alli. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. Traduções Marilie, chants élégiaques de Gonzaga. Trad. Eugène de Monglave e Prosper Chalas. Paris: Panckoucke, 1825. (Versão em prosa literária). Marilia de Dirceo: lire di Tommaso Antônio Gonzaga brasiliano. Trad. Giovenale Vergezzi- Ruscalla. Torino: Stamperia Sociale degli Artisti, 1844. Amaryllidos Dircaei. Trad. Antônio de Castro Lopes. Rio de Janeiro: Tipografia Quirino & Irmãos, 1868. (Trad. latina para uso nas escolas do Império, 1868-1887) GONZAGA, Tomás Antônio. “Eu, Marília, não sou algum vaqueiro” (Lira I,1). Trad. Ferdinand Schmid. Berlim: Gebrüder, 1879. GONZAGA, Tomás Antônio. “A estas horas” (Lira II, 9). Trad. Alexander Sergueievitch Pushkin, 1825. (Para o russo, a partir da versão francesa). In: PÚCHKIN. Aleksandr. Obras Completas em 10 volumes. Moscou: Academia de Ciências, 1956-1958; vol. II, p. 298. GONZAGA, Tomás Antônio. Marilia de Dirceo. Trad. e notas de Jorge Ruedas de La Serna. Ed. bilíngue. México, São Paulo: Fondo de Cultura Economica, Edusp, 2002. Estudos sobre o autor/retóricas e poéticas AMORA, Antônio Soares. Tomás Antônio Gonzaga. In : _____. Panorama da poesia brasileira e luso brasileira. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 1959. p. 98-123. BOSI, Alfredo. Árcades ilustrados. In: _____. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1978. p. 78-84. CÂNDIDO, Antônio. Entre pastores. In: _____. O observador literário. 4a ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2008. ________. Uma aldeia falsa. In: _____. Na sala de aula: caderno de análise literária. São Paulo: Editora Ática, 1995, p. 20-37. _______. Letras e ideias no período colonial. In: _____. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. São Paulo : Nacional, 1965, p. 105-128. ________. Naturalidade e individualismo de Gonzaga. In : _____. Formação da literatura brasileira; momentos decisivos. 5. ed. Belo Horizonte : Itatiaia; São Paulo : EDUSP, 1975. p. 114-126. CASTELO, José Aderaldo. A época arcádica. In:_____. A literatura brasileira; manifestações literárias da era colonial. 2. ed. rev. e com. São Paulo: Cultrix, 1965. p. 131-188. CHAUVIN, Jean Pierre. Retórica, controvérsia do Oitocentos. Revista Patrimônio & Memória – CEDAP/UNESP. Assis, v. 13, n.2, p. 14-27. _____. “Pictórico”, categoria do Seiscentos? Revista Teresa. São Paulo, USP. n. 18. CRISTÓVÃO, Fernando. Marília de Dirceu de Tomás António Gonzaga ou a poesia como imitação e pintura. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1981. CURTIUS, Ernest Robert. A poesia como entretenimento. In: _____. Literatura europeia e idade média latina. Trad. Teodoro Cabral e Paulo Rónai. São Paulo: Hucitec / Edusp, 1996, p. 583-584. EULÁLIO, Alexandre. Verso e reverso de Gonzaga. Dirceu poeta e prisioneiro. In: As melhores poesias de Tomás Antônio Gonzaga. São Paulo, Global, 1983. ________. Nota biobibiográfica. In: As melhores poesias de Tomás Antônio Gonzaga. São Paulo: Global, 1983. FREITAS, Leandro César Albuquerque de. Ecos bucólicos: relações entre as Bucólicas de Virgílio e a primeira parte da Marília de Dirceu de Gonzaga. Dissertação (Mestrado) CCHLA-UFP. 2008. Disponível em: FREIRE, Francisco José (Cândido Lusitano). Do fim da poesia (Cap. 4). In: _____. Arte poética ou regras da verdadeira poesia em geral... Lisboa: Oficina Patriarcal de Francisco Luís Ameno, 1759, p. 26-30. FRIEIRO, E. O diabo na livraria do cônego; Como era Gonzaga? e outros temas mineiros. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1981. FURTADO, Joaci Pereira. A sorte deste mundo: percursos de Marília de Dirceu no século XIX. Literatura: teoria e prática, v. 36, n. 72, 2018. GONÇALVES, Adelto. Gonzaga, um poeta do iluminismo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. HANSEN, João Adolfo. As liras de Gonzaga entre retórica e valor de troca. Revista Via Atlântica, n. 1. Mar. 1997. ________. Prefácio. In: FURTADO, Joaci Pereira. Uma república de leitores: história e memória na recepção das Cartas chilenas (1845-1989). São Paulo: Hucitec, 1997, p. 11-20. ________. Ilustração católica, pastoral árcade e civilização. Oficina da Inconfidência, Ouro Preto, n. 10, 1999, p. 11-47. HASEGAWA, Alexandre Pinheiro. Os limites do gênero bucólico em Virgílio. São Paulo: Humanitas, 2011. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Gosto arcádico. In: –––––. Tentativas de Mitologia. São Paulo: Perspectiva, 1979. JARDIM, Ana Cristina. De “Marília de Dirceu” ao “Romanceiro da Inconfidência” a construção de um mito na sociedade brasileira a partir do século XVIII. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2009. Disponível em: LEY, Emanuel Eduardo Gaudie. Gonzagueana da Biblioteca Nacional. Anais da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, n. 49, p. 417-92, 1927. MARTINS, Paulo. Elegia romana: construção e efeito. Pref. João Adolfo Hansen. São Paulo: Humanitas, 2009. MARQUES, Pedro. Arcádia melodiosa no Brasil. Remate de Males, Campinas-SP, v. 37, n. 1, p. 59-82, jan./jun. 2017. MAXWELL, Kenneth. A farsa. In : _____. A devassa da devassa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 168-204. MORAES, Rubem Borba de. Bibliografia brasileira do período colonial: catálogo comentado das obras dos autores nascidos no Brasil e publicadas antes de 1808. São Paulo: OLIVEIRA, Teresa Cristina Meireles de. O real transfigurado – As liras de Tomás Antônio Gonzaga e a poética do imaginário. Rio de Janeiro: UFRJ, 1993. PÉCORA, Alcir. O amor da convenção. In: _____. Máquina de gêneros. São Paulo: Edusp, 2001, p. 189-202. POLITO, Ronald. Um coração maior que o mundo: Tomás Antônio Gonzaga e o mundo luso-colonial. São Paulo: Globo, 2006. ________. A persistência das ideias e das formas – um estudo sobre a obra de Tomás Antônio Gonzaga. Niterói: UFF, 1990. RESENDE, Marcelo. Tomás Antônio Gonzaga continua exilado na África. Folha de S.Paulo, 14/01/1998. Disponível em: RODOLPHO, Melina. Écfrase e evidência nas letras latinas: doutrina e práxis. São Paulo: Humanitas, 2012 ROMERO, Silvio. Tomás Antônio Gonzaga. In: –––––. História da literatura brasileira. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1949. t. 2, p. 127-136. RUEDAS DE LA SERNA, Jorge Antônio. Arcádia: tradição e mudança. São Paulo: Edusp, 1995. SCHNAIDERMAN, Boris. Pushkin, tradutor de Gonzaga. In: –––––. Projeções: Rúsia/Brasil/Itália. São Paulo: Perspectiva, 1978. p. 37-41. SILVA, Joaquim Norberto de Souza. Dirceu de Marília. Liras Atribuídas a Senhora DMJD de S (Natural de Vila Rica). Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 1845. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000067.pdf> Acesso em: 23 jun. 2017. SILVEIRA, Rodrigo Carvalho da. A poética do réu em Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga. Tese (Doutorado). Letras. UFRJ. 2016. Disponível em TEIXEIRA, Ivan. Mecenato pombalino e poesia neoclássica: Basílio da Gama e a poética do encômio. São Paulo: Edusp, 1999. VARNHAGEN, Francisco Adolfo. Florilégio da Poesia Brasileira. Tomo II. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 1946. VERÍSSIMO. José. Gonzaga. In: –––––. Estudos da literatura brasileira. Intr. de Vivaldi Moreira. 2a série. São Paulo: Edusp, 1977. Pp 119-124. VERNEY, Luís António. Carta sétima. In: _____. Verdadeiro método de estudar... Valença: Oficina de Antônio Balle, 1746, p. 215-275. |
||||
Carga Horária: |
12 horas |
||||
Tipo: | Obrigatória | ||||
Vagas oferecidas: | 40 | ||||
Ministrantes: |
Heidi Strecker Gomes |
![]() |
Créditos © 1999 - 2025 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP |