93125 - Audiovisual e diáspora africana no Brasil e em Cuba |
Período da turma: | 09/11/2019 a 30/11/2019
|
||||
|
|||||
Descrição: | Objetivos:
Analisar e debater um corpus fílmico e um referencial teórico, metodológico e conceitual sobre as principais problemáticas que envolvam a análise de objetos audiovisuais, bem como a representação dos negros e negras no audiovisual latino- americano. Ementa: A presença dos negros e negras nas telas de televisão e cinema das Américas é marcada por tensões de diferentes níveis, sejam elas raciais, econômicas ou políticas. No caso de Brasil e Cuba, países profundamente marcados pela experiência da escravidão atlântica, a escassa representatividade negra impõe a necessidade de audiência, reflexão e debate sobre produções audiovisuais que tematizem a questão. Para um curso de difusão de curta extensão, propomos alguns recortes que sintetizam as principais problemáticas em torno da presença negra na direção fílmica e nas telas, como o melodrama, a religiosidade e o radicalismo estético. Conteúdo selecionado: Aula 01: Melodrama e os estereótipos raciais: GARCÍA CARDENTEY, Mayra. “Televisión cubana: ¿ni para ‘viejas’ ni para ‘negras’?” Semiac Cuba, 03 jul. 2018; ARAÚJO, Joel Zito. “O negro na dramaturgia, um caso exemplar da decadência do mito da democracia racial brasileira”. Estudos Feministas, Florianópolis, 16(3), n. 424, p. 979-984, set.-dez. 2008; El derecho de nacer (Zacarias Gómez Urquiza, 1952); A negação do Brasil (Joel Zito Araújo, 2000, Brasil). Aula 02: Gênero, religiosidade e denúncia social: VEIGA, Ana Maria. “Radicalizar o ‘Cine Imperfecto’ cubano – Sara Gómez”. História Revista, Goiânia, v. 23, n. 01, p. 28-48, jan.- abr. 2018; SANTIAGO JR, Francisco das Chagas Fernandes. “Vou baixar no seu terreiro: o terreiro, o corpo extático e os lugares dos mortos no cinema brasileiro”. Diálogos, Maringá, v. 18, n. 01, p. 401-433, jan.-abr. 2014; De cierta manera (Sara Gómez, 1974); A força de Xangô (Iberê Cavalcanti, 1978). Aula 03: Radicalismo estético e debate político: VILLAÇA, Mariana Martins. “Limites da contestação política no cinema documental cubano: a trajetória de Nicolás Guillén Landrián”. Revista Eletrônica da ANPHLAC, n. 06, p. 21-37, 2007; CARVALHO, Noel dos Santos. “O produtor e cineasta Zózimo Bulbul – o inventor do cinema negro brasileiro”. Revista Crioula, n. 12, p. 01-21, nov. 2012; RATTS, Alex. “A Terra é o meu quilombo – Terra, território, territorialidade” e “Corpo/mapa de um país longínquo – Intelecto, memória e corporeidade”. In: Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Instituto Kuanza, Imprensa Oficial, 2006, p. 51-69; Coffea Arábiga (Nicolás Guillén Landrián, 1968); Alma no olho (Zózimo Bulbul, 1974); Ôrí (Raquel Gerber, 1989). Metodologia: Debate dos textos indicados nas aulas e exercícios analíticos de cenas da filmografia selecionada e outros exemplos fílmicos. Os textos e a filmografia deverão ser lidos e visualizados antes das aulas para o melhor proveito das horas em sala de aula. Os filmes não serão exibidos na íntegra no minicurso, uma vez que eles se encontram disponíveis na internet. Bibliografia: ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de; FRAGA FILHO, Walter. Uma história do negro no Brasil. Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp- content/uploads/2014/04/uma-historia-do-negro-no-brasil.pdf . Acesso em: 05 set. 2019. ARAÚJO, Joel Zito. A negação do Brasil: o negro na telenovela brasileira. São Paulo: Senac, 2000. _______. O negro na dramaturgia, um caso exemplar da decadência do mito da democracia racial brasileira. Estudos Feministas, Florianópolis, 16(3), n. 424, p. 979-984, set.-dez. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ref/v16n3/16.pdf . Acesso em: 05 set. 2019. AYERBE, Luis Fernando. A Revolução Cubana. Direção [da coleção]: Emília Viotti da Costa. São Paulo: Editora Unesp, 2004 (Coleção Revoluções do século XX). CABRAL, Amílcar. Unidade e luta. Lisboa: Seara Nova, 1977-1978. CARVALHO, Noel dos Santos. “O produtor e cineasta Zózimo Bulbul – o inventor do cinema negro brasileiro”. Revista Crioula, n. 12, p. 01-21, nov. 2012. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/crioula/article/view/57858/60904 . Acesso em: 05 set. 2019. CAPELATO, Maria Helena et al. (org.). História e cinema. São Paulo: Alameda, 2011 (1ª ed.: 2008). DE, Jeferson (org). Dogma Feijoada: O cinema negro brasileiro. São Paulo: Cultura – Fundação Padro Anchieta, Imprensa Oficial, 2005. Disponível em: https://livraria.imprensaoficial.com.br/media/ebooks/12.0.813.132.pdf . Acesso em: 05 set. 2019. Dossiê O negro no Brasil, Revista do IEA, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0103- 401420040001&lng=pt&nrm=iso . Acesso em: 05 set. 2019. FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução: Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, CEAO, 2008 (1ª ed.: 1952). Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp- content/uploads/2013/08/Frantz_Fanon_Pele_negra_mascaras_brancas.pdf . Acesso em: 05 set. 2019. ______. Os condenados da terra. Tradução: José Laurêncio de Melo. Prefácio: Jean-Paul Sartre. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968 (1ª ed.: 1961). Disponível em: https://www.kilombagem.net.br/wp-content/uploads/2015/07/Os_condenados_da_Terra- Frantz-Fanon.pdf . Acesso em: 05 set. 2019. FERRO, Marc. Cinema e História. Tradução: Flavia Nascimento. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1984 [1ª ed.: 1933]. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/229314/mod_resource/content/1/Gilberto%20Freyr e%20-%20Casa-Grande%20e%20Senzala.pdf . Acesso em: 05 set. 2019. FUENTE, Alejandro de la. A Nation for All: Race, Inequality, and Politics in Twentieth-Century Cuba. Chapel Hill & London: The University of North Caroline, 2001. GARCÍA BORRERO, Juan Antonio. Guía crítica del cine cubano de ficción. La Habana: Editorial Arte y Literatura, 2001. GARCÍA CARDENTEY, Mayra. Televisión cubana: ¿ni para “viejas” ni para “negras”? Semiac Cuba, 03 jul. 2018. Disponível em: http://www.redsemlac- cuba.net/comunicacion/televisi%C3%B3n-cubana-%C2%BFni-para- %E2%80%9Cviejas%E2%80%9D-ni-para-%E2%80%9Cnegras%E2%80%9D.html . Acesso em: 05 set. 2019. GILROY, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo, Rio de Janeiro: 34, Centro de Estudos Africanos da Universidade Cândido Mendes, 2001 [1ª ed.: 1993]. GOTT, Richard. Cuba: uma nova história. Tradução: Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006 (1ª ed.: Yale University Press, 2004). HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Organização: Liv Sovik. Tradução: Adelaine La Guardia Resende et. al. Belo Horizonte: UFMG, 2009. HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2008. HOZ, Pedro de la. África en la Revolución cubana. La Habana: Letras Cubanas, 2005. Disponível em: https://centroafrobogota.com/attachments/article/10/Africa%20en%20la%20Revolucion%20C ubana.%20Pedro%20de%20la%20Hoz.pdf . Acesso em: 05 set. 2019. LOPES, Nei. Enciclopédia brasileira da diáspora africana. São Paulo: Selo Negro, 2004. MARTÍN-BARBERO, Jesús; REY, Germán. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. Tradução: Jacob Gorender. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2001. MESTMAN, Mariano (comp.). Las rupturas del 68 en el cine de América Latina: contracultura, experimentación y política. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Ediciones Akal, 2016. MISKULIN, Sílvia Cezar. Os intelectuais cubanos e a política cultural da Revolução (1961-1975). São Paulo: Alameda, 2009. MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis: Vozes, 1999. NAPOLITANO, Marcos. Fontes audiovisuais: a história depois do papel. In: PINSKY, Carla (Org). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2005, p. 235-290. NOGUER, Eduardo G. Historia del cine cubano: cien años, 1897-1998. Miami: Ediciones Universal, 1999. ORTIZ, Fernando. Contrapunteo cubano del tabaco y azúcar. La Habana: Ciencias Sociales, 1983 [1ª ed.: 1940]. PARANAGUA, Paulo Antonio (dir.). Le cinéma cubain. Traduction : Nicole Canto, François Maspero, Monique Roumette. Paris : Centre Georges Pompidou, 1990 (cinema/pluriel, dir. Jean-Loup Passek). ___________. Cine documental en América Latina. Madrid: Ediciones Cátedra, Festival de Málaga, 2003. PÉREZ RUBÍO, Pablo. El cine melodramático. Barcelona: Paidós, 2004. PRADO, Maria Ligia. Repensando a História Comparada da América Latina. Revista de História, USP, São Paulo, n. 153, p. 11-33, 2º sem. 2015. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19004 . Acesso em: 05 set. 2019. RAMOS, Júlio. Um cinema afro-cubano? Conversa com Gloria Rolando. Revista Contracampo, Niterói, v. 27, n. 02, p. 34-48, ago.-nov. 2013. Disponível em: http://periodicos.uff.br/contracampo/article/download/17499/11125 . Acesso em: 05 set. 2019. RATTS, Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Instituto Kuanza, Imprensa Oficial, 2006. Disponível em: https://www.imprensaoficial.com.br/downloads/pdf/projetossociais/eusouatlantica.pdf . Acesso em: 05 set. 2019. RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2019. RODRIGUES, João Carlos. O negro brasileiro e o cinema. São Paulo: Pallas, 2001. RODRÍGUEZ, Raúl. El cine silente en Cuba. La Habana: Letras Cubanas, 1992. SANTIAGO JR, Francisco das Chagas Fernandes. Vou baixar no seu terreiro: o terreiro, o corpo extático e os lugares dos mortos no cinema brasileiro. Diálogos, Maringá, v. 18, n. 01, p. 401- 433, jan.-abr. 2014. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3055/305531755017.pdf . Acesso em: 05 set. 2019. SORLIN, Pierre. Sociología del cine: la apertura para la historia de mañana. Traducción: Juan José Utrilla. México, D.F.: Fondo de Cultura Econòmica, c1985. VEIGA, Ana Maria. “Radicalizar o ‘Cine Imperfecto’ cubano – Sara Gómez”. História Revista, Goiânia, v. 23, n. 01, p. 28-48, jan.-abr. 2018. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/historia/article/view/51912/26673 . Acesso em: 05 set. 2019. VILLAÇA, Mariana Martins. Limites da contestação política no cinema documental cubano: a trajetória de Nicolás Guillén Landrián. Revista Eletrônica da ANPHLAC, n. 06, p. 21-37, 2007. Disponível em: http://revistas.fflch.usp.br/anphlac/article/view/1373 . Acesso em: 05 set. 2019. _______. Cinema cubano: revolução e política cultural. São Paulo: Alameda, 2010. XAVIER, Ismail. Sertão mar: Glauber Rocha e a estética da fome. São Paulo: Cosac Naify, 2007. Filmografia (selecionada): A força de Xangô, Iberê Cavalcanti, 1978. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IQVj_GtivJ8 . Acesso em: 05 set. 2019. A negação do Brasil, Joel Zito Araújo, 2000, Brasil. Disponível em: https://vimeo.com/269487255 . Acesso em: 05 set. 2019. Alma no olho, Zózimo Bulbul, 1974. Disponível em: https://vimeo.com/160519751 . Acesso em: 05 set. 2019. Coffea Arábiga, Nicolás Guillén Landrián, 1968. Disponível em: https://vimeo.com/271567506 . Acesso em: 05 set. 2019. De cierta manera, Sara Gómez, 1974. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=F_FaWYhtW80 . Acesso em: 05 set. 2019. El derecho de nacer, Zacarias Gómez Urquiza, 1952. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_xERPADXfNo . Acesso em: 05 set. 2019. Ôrí, Raquel Gerber, 1989. Disponível em: https://negrasoulblog.wordpress.com/2016/08/25/309/ . Acesso em: 05 set. 2019. |
||||
Carga Horária: |
12 horas |
||||
Tipo: | Obrigatória | ||||
Vagas oferecidas: | 45 | ||||
Ministrantes: |
Alexsandro de Sousa e Silva |
![]() |
Créditos © 1999 - 2025 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP |